Nada mais aleatório que fazer uma lista. Ainda mais uma lista de livros brotada de uma pilha de livros que estavam ali, reunidos, apenas por falta de espaço nas estantes. Lielson Zeni e Maria Clara Carneiro apresentam para vocês os livros dessa lista, falando o que podiam falar em 14 segundos.
Um tantinho inspirado em Pierre Bayard, autor de Le Plagiat par anticipation e de Como falar dos livros que não lemos (Objetiva, 2007):
“Em grande parte, os discursos que proferimos a propósito dos livros dizem respeito na realidade a outros discursos proferidos sobre os livros até o infinito.” (p. 67)
“Nunca lemos de um livro senão uma parte mais ou menos grande, e mesmo essa parte está condenada, em um prazo mais ou menos longo, ao desaparecimento. Assim, mais do que com livros, nós nos entretemos, a nós mesmos e com os outros, com lembranças aproximativas, remanejadas em função das circunstâncias do tempo presente.” (p. 70)
“O livro, de fato, não permanece insensível ao que se diz em torno dele e termina modificado, inclusive durante o tempo de uma conversa.” (p. 153)