Em 2014, Marcello Quintanilha lançou Tungstênio e todo mundo ficou de cara com a inteligência do camarada sobre o meio história em quadrinhos. O entendimento dele sobre compressão/descompressão de tempo narrado era pra se estudar com cuidado.
Em 2015, ele me sai com Talco de vidro e consegue, mais uma vez, mostrar que ainda tem muitas ideias de linguagem pra usar, ao mesmo tempo que cria uma personagem profunda. Sem falar do trabalho do narrador textual!
Portanto, a expectativa ao redor de Hinário nacional é monstro (a minha, pelo menos, é). Que outras grandes sacadas Quintanilha ainda tem pra mostrar? Abaixo, a descrição da editora Veneta sobre a obra.
Em março, a Veneta lança o novo livro de Quintanilha, Hinário Nacional, um pequeno e delicado épico onde a história de diversos personagens se entrelaçam sutilmente.
São histórias de pequenas tristezas e grandes dramas, todos vividos silenciosamente. A história de alguém que se resigna com o fato de ter sido vítima de abuso sexual, e de outro que oculta um dilacerante sentimento de culpa por ter abusado sexualmente. A tristeza de um homem com a velhice e o desbotamento das histórias de amor. O desejo de esquecer o sofrimento, de esquecer o que se fez, de ser o que não é. Uma edição de luxo em capa dura. Um livro que já nasce com ares de clássico.