Teria sido muito melhor se a gente tivesse falado das obras que iam sair no FIQ antes de o evento acontecer (acabou ontem). Mas já que não teve jeito, vai pintar aqui algumas INDICAÇÕES PALPITADAS de alguns dos livros/zines que a gente pegou lá em BH.
Aliás, que delícia que o evento aconteceu e que não pare de acontecer, porque mesmo com um monte de outras feiras/eventos pelo Brasil todo, por sua tradição, lançar um zine no FIQ continua sendo objetivo de muita gente.
Bom, colocado os termos e distribuídos os elogios, vamos a Juras, de Julia Balthazar.
É um livreto A6, 36 páginas+capas impresso em uma cor. Pelas marcas na borda, tem toda a cara de cortado em casa.
Já lembrava do trabalho de quadrinista da Julia Balthazar de uma página muito bonita que ela fez para o Suplemento e da minha história favorita do Topografias (Piqui, 2016). Antes de conhecer o trabalho dela de autora, já tinha curtido muito a colorização que ela fez em Beijo Adolescente 3 (Narval, 2015).
Em Juras, a autora desenha um jantar familiar que serve de entrada para a memória muito delicada de um verão passado na praia. O texto é composto de trechos das conversas que puxam lembranças e chamam pessoas para a mesa, enquanto o desenho de contornos indica posições, se concentra em gestos, e sugere muito mais que mostra. São como cenas emolduradas na cabeça de quem lembra. Bem, melhor mostrar que ecfrasear:
Um comentário em “[Vem Comigo] FIQ 2018: Juras, de Julia Balthazar”